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segunda-feira, agosto 24, 2009
Estas pessoas falando, elas falam sobre mim
Nesta semana ainda, eu vou contar toda a minha aventura entre a convocação e a nomeação para o cargo público, mas por enquanto, fiquem com uma pequena cena que eu presenciei indo para uma das etapas: o lugar onde eu devia ir era ao lado de um hotel. Eis que saem 2 sujeitos conversando, um deles dá a volta num carro e entra. O outro o chama, dizendo: "não, cara, este não é meu carro. O meu é o da frente". O cara tinha entrado num táxi por engano...
Meu pai esteve em Pinheiral e conheceu uma amiga do meu irmão. A garota sabe tudo sobre mim, inclusive a cor do meu quarto!!! Detalhe: ela nem me conhece, nunca me viu, nunca falou comigo. Meeeedo!!!
Era 17/08 e eu tive um sonho com uma coisa do passado. Quando acordei, lembrei que este sonho tinha a ver com uma coisa que aconteceu em um outro 17 de agosto. Fiquei tentando lembrar quando tinha sido, há 5 anos, há 6 anos. Até que eu cheguei à data exata: tinha sido há 13 anos. Eu ando super sem noção de tempo. No mesmo dia, eu estava pensando que era primeiro dia de aula no campus reserva ecológica e que se fosse no ano passado, eu também estaria indo para a aula. Só então, lembrei que no ano passado já era formada, e no ano retrasado, fazia estágios e não tinha aula. A última volta às aulas pós-férias de julho foi há 3 anos. Pior ainda foi quando eu doei sangue pela segunda vez neste ano. A enfermeira perguntou há quanto tempo tinha tomado a última vacina e eu: "foi no fim do ano passado. Ou foi no começo deste ano? Acho que foi há uns 2, 3 meses... Não, setembro do ano passado. Não, eu tomei uma neste ano..." Aí, parei e fiquei olhando para a cesta de lixo, com uma expressão de azulejo. Ainda bem que era doação de sangue, não exame mental, ou então constaria que eu estou desorientada no tempo...
Por falar em desorientação, dia destes, durante o almoço, rolou o seguinte Diálogo em família:
Josei: Eu estava andando pela loja Nerren, para conhecer, e não sabia como sair. Olhando do fundo da loja, parece que não tem saída.
papai da Josei, obviamente me zoando: Por que você não esperou a loja fechar, aí, quando os funcionários fossem embora, você ia atrás.
mamãe da Josei (ela estava falando sério?): Você podia ficar seguindo alguém. Uma hora, a pessoa ia sair da loja e você ia atrás.
Josei: Eu podia seguir uma pessoa, aí, quando ela achasse que eu era uma psicopata e chamasse os seguranças, eles iam me levar para fora.
papai da Josei, ainda tirando sarro: Você podia acionar o alarme de incêndio, e quando todo mundo corresse para fora, você ia junto.
Eu testei a ideia de seguir alguém, mas em outra situação, quando eu fui a uma palestra em um prédio que eu não conhecia, logo não sabia onde ficava o auditório. Subi as escadas atrás de um grupinho, achando que eles também estavam lá para a palestra e, quando cheguei lá em cima, notei, além da cara de espanto das pessoas que eu segui, que o auditório não era lá. É, nem sempre o método de seguir pessoas dá certo...
No dia da palestra, por sinal, eu estava arrumando minhas coisas para sair e minha mãe estava limpando a janela do meu quarto, quando surge uma mulher no portão e pergunta se podia pegar o tapete que estava jogado no terreno perto da minha casa. Minha mãe disse que não foi ela que jogou, mas se estava lá, o dono não queria mais e ela podia pegar. Em vez de, sei lá, pegar o tapete e ir embora, a mulher ficou parada no portão da minha casa cantando uma música do Zezé di Camargo e Luciano. Ela ainda se perguntou como levaria o tapete sozinha, mas acho que depois ela descobriu um jeito, porque quando eu saí, o tal tapete não estava lá.
Gente, vocês viram as vinhetas dos 28 anos do SBT??? Adorei!!! Só o SBT para ter envergadura moral de fazer uma coisa destas... Os meus favoritos são a dos garotos do SBT, inclusive o patrão, à la Chippendales (se não sabe quem são Chippendales, clique aqui - não recomendado para garotos que não gostam de garotos) e a do Sílvio e da Patrícias dançando hula-hula. Quem quiser fazer sua própria vinheta, é só clicar aqui. (uau, quantos links!!!)
Marcadores: bizarrice, diálogo em família, leseira, pessoas estranhas, televisão, vergonha alheia
Postado por Josei e Kami Sal
às 12:45 PM
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domingo, agosto 23, 2009
Frase da Semana: "Ah, minhas bolinhas na descida, eu devo ter jogado gato na cruz.", dita por Kami Sal.
Miau:
Mokona-sama: Acho que cortar papo chato é um dom não compartilhado por muitas pessoas. Conheço pouca gente que consegue.
Suzan-chan: Ah, sou muito mais dizer que não quero o cartão.
Vana-san: Nossa, telemarketing em japonês ninguém merece...
Érica-san:Obrigada.Marcadores: frase da semana
Postado por Josei e Kami Sal
às 9:51 PM
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sexta-feira, agosto 21, 2009
Dias de chuva são agradaveis, mas não obrigada
De repente você abre o MB e se depara com dois posts de peixinhos pretos seguidos e pensa "É o fim dos tempos!!! Kami Sal, aquela blogueira relapsa que às vezes passa semanas só postando a frase da semana, postou duas vezes na mesma semana.". Só posso dizer, é vero. Estou postando duas vezes na mesma semana. Mas calma, antes de você sair por aí, agitando os braços aos céus gritando "Klaatu, salva eu!!!" (o que atrairia um tipo de atenção que ninguém quer, diga-se de passagem), eu explico. Como o irmãozinho dessa ilustre blogueira vai ter de passar a sexta em Sorveteria, decidi postar para atualiza-lo sobre minha desimportante vidinha sem graça. Sem graça, desimportante, mas bizarra.
E pra que a bizarrice urja, não é preciso sair de casa. Nesses tempos de modernidade, dá pra fazer tudo por telefone. E eis que estava eu, quietinha em casa, no auge do cuidar da minha própria vida, quando o telefone toca. E lá fui eu atender. Era telemarketing...
Atendente 1: "Srta Kami Sal?"
Kami Sal: "Sou eu."
Atendente 1: "Srta Kami Sal?!?"
Kami Sal: "Sou eu."
Atendente 1: "Srta Kami Sal!?!" - numa animação que não é comum aos atendentes de telemarketing, parecia até que ele havia esperado toda a sua vida para ouvir a minha voz no telefone e agora esse sonho de infância se realizava.
Kami Sal: "Sim."
Atendente 1: "Aguarde um momento." - ligação sendo transferida. Aposto que enquanto isso ele levantou de seu cubiculo e gritou, com os braços ao alto, numa tipica pose de comemoração: "EU CONSEGUI!!!. Enquanto isso, eu estava as voltas com a outra atendente.
Atendente 2: "Srta Kami Sal?"
*Ai, bolinhas na descida, tem um premio pra quem conseguir falar meu nome do telefone?*
"Sim."
Atendente 2: "Devido ao seu bom relacionamento com o comércio de Bizarrelandia, a srta foi contemplada com um cartão de crédito."
*Que relacionamento??? Eu não compro nada, não poderia mesmo estar devendo.*
Kami Sal: "Eu não quero um cartão de crédito."
*Pausa*
Atendente 2: "Mas a srta nem esperou eu falar as vantagens do cartão..."
Kami Sal: "É. Eu não quero um cartão de crédito.
Afora isso, terminei a caixa de costura. O resto fica pra um um próximo post.
Nebulosidade variavel:
Mokona-sama: É, na vera, eu não contei essa história pra minha mãe na época, acho que ela iria achar mais chocante do que engraçada. Mas agora já passou tanto tempo que chegamos na fase "vamos rir muito disso".
Suzan-chan: Ah... Que bom. Depois eu mando o numero da conta pra você depositar os R$ 200...
Stafora-ni: Bom, não posso mesmo dirigir sem um carro, não é? Não tenho dinheiro, logo não posso comprar e minha meta de não cometer crimes me impede de roubar um... Seus pais nunca notaram que você tem miopia, porque você não tem miopia. Pensamentos tragicos devem ser geneticos... Não gosto do vizinho.Marcadores: bizarrice, gente chata
Postado por Josei e Kami Sal
às 11:38 AM
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terça-feira, agosto 18, 2009
Não espere eu ir embora pra perceber que você me adora
Preciso confesar uma coisa. Bom, na vera não preciso realmente, mas como tenho um blog, vontade de escrever e não muito assunto, resolvi fazer uma confisão. Eu queria saber atirar shurikens. Mas não era pra atirar em qualquer um, não. Nem ia atirar em pessoas, queria atirar em aparelhos de som. Acima de tudo no som do carro do vizinho que mora duas casas pra lá. Bolinhas na descida, se ele quer ouvir musica não tenho nada com isso, mas eu não quero ouvir e, principalmente, não quero ouvir a mesma musica que ele (porque o gosto musical dele é pessimo). Ah, como seria bom destruir o aparelho de som do vizinho...
E não é segredo, principalmente pra quem lê o meu plurk, que faço artesanato. Ultimamente, tenho me dedicado as caixas de madeira e, no atual momento, estou reformando a caixa de costura de Mamãe. O problema é que eu fico tendo pensamentos tragicos sobre como posso me machucar tirando os pregos do fecho da caixa. Fico imaginando que o martelo vai escapar da minha mão e bater na minha testa/boca/nariz, que vou expremer meu dedo com o martelo (realmente, isso eu fiz)...
Agora contando sobre os pensamentos tragicos da caixa de costura, acabei lembrando dos pensamentos que tenho durante as caminhadas. Não é sempre, mas principalmente quando estou passando pelos trechos com terreno mais acidentado, fico pensando que vou cair. Mas não penso simplesmente que vou cair, eu acho que vou cair de boca no chão, cortar o lábio e quebrar os dentes da frente (acho que é trauma da vez em que, realmente, cai de boca no chão, cortei o lábio e quebrei os dentes da frente)... Ou então, que vou cair e sair rolando ladeira abaixo (isso nunca aconteceu)... Tenho de admitir que sou um pouco trágica, às vezes.
Já que esse é um post todo sobre mim (desculpem a falta de modéstia) e que tia Josei já abriu um precedente quando publicou suas recordações pré-MB, resolvi fazer o mesmo e contar a bonita história triste de como resolvi que era hora de procurar um oftalmologista. Foi numa linda noite estrelada de verão, há longínquos 11 anos, Kami Sal acabara de sair de sua aula e esperava Papai ir busca-la (porque os ônibus pra casa terminavam antes das aulas). Eis que eu vejo, do outro lado da rua, um ser baixinho, gordinho, cabelos acinzentados, trajando bermuda e camiseta branca. Não tive duvidas, era Papai. Bom, não é que eu estava errada e o ser que achei que era meu pai mal vestido, era uma velhinha gorda. Mal vestida.
Ainda falando dessa ilustre blogueira, devo admitir que, toda vez que vejo essas reportagens sobre coisas tipicas de brasileiros, me sinto um alien. Sim, porque nessas reportagens todo brasileiro gosta de futebol, carnaval, samba, pagode, feijoada, cerveja, churrasco, café, arroz branco, bife, feijão, Roberto Carlos e roupas curtas, justas e coloridas. E eu odeio futebol, carnaval, samba, pagode, feijoada, cerveja, churrasco, café, arroz branco, bife, feijão, Roberto Carlos e roupas curtas, justas e coloridas. Também me sinto um alien quando dizem que toda mulher gosta de comprar roupas, sapatos e bolsas. Odeio ficar experimentando roupa na loja (mas tem que provar antes de comprar, depois não adianta ficar arrependida), tenho ganas de enforcar aquelas vendedoras chatas que ficam atrás da gente tentando com todas as forças nos convencer que aquela roupa está ótima, que precisamos levar mais umas cinco blusas e duas calças pra combinar (isso quando a gente só tá lá pra comprar um par de luvas). Calçados, só tenho três pares de tênis todos ganhados, sendo que um (o que uso pra caminhar) está tão velho que é um milagre que eu nunca tenha ficado descalça no meio da rua. Sapatos, são apenas dois que minha mãe me fez experimentar com muito custo e como serviram, ganhei também. Sobre comprar bolsas então, melhor nem comentar.
E da série sonhos bizarros da Kami Sal: Estava eu em casa e fui para o quintal, onde encontrei o Summerlee da série Mundo Perdido e um monte de pipas e voando no meio delas, um peixe. Não uma pipa em formato de peixe, e sim um peixe de verdade (parecia uma carpa). E o Summerlee e eu começamos a brincar com o peixe de pegar...
E pra terminar o post, um dialogo em família que aconteceu há algum tempo aqui em casa. Estavamos Stafora, Mamãe e eu assistindo a uma das reprises do Furo Mtv, quando passou uma reportagem sobre amigos de aluguel que ganham uns R$ 200,00 só pra ir a festas ou conversar com algum ser que não tem amigos reais.
Kami Sal: "Ah, vou ser amiga de aluguel."
Stafora: "Você não é amiga nem de graça."
Kami Sal: "Ué? Uma pessoa não pode querer uma amiga sarcástica?"
Que me acha foda:
Mokona-sama: É vero...Marcadores: artesanato, bizarrice, bonita história triste, dialogo em família, divagações, sonho
Postado por Josei e Kami Sal
às 12:25 PM
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domingo, agosto 16, 2009
Frase da Semana: "Se ele fosse mais inteligente, pregaria os pregos com a testa.", dita por Mamãe.
Respondendo:
Mokona-sama: Eu diria que as pessoas agora tem mais medo de espirrar na rua do que de estar com a gripe ficção cientifica... Eu já vi a Men's Health numa aula e ela é muito gay.
Suzan-chan: Odeio versões de musicas. Como assim comprei a carteira? Saiba que desde que tirei minha habilitação (há longinquos 8 aninhos), nunca levei multa.
Stafora-ni: Também duvido que as medidas vindas de um ser vivo que disse que pra evitar a gripe era só não chegar perto de porquinhos sejam de alguma valia. De mais a mais, com as mãos cheias de alcool, talvez os alunos se queimem, desmaiem de dor e parem de atrapalhar as aulas.
Layla-san: Eu entendo... Tenho receio até de tossir em publico.
Vana-san: Tia Josei diz de nada.Marcadores: frase da semana
Postado por Josei e Kami Sal
às 10:04 PM
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quinta-feira, agosto 13, 2009
Bem, estou descendo a estrada, mas isso não pode ser o paraíso
Como eu disse no post passado e vou contar com detalhes em outro post, eu tive que fazer um trilhão de exames médicos de admissão. No dia em que eu fui fazer os exames de sangue, uma mulher estava dizendo que o médico disse "ariba" imitando o Francisco Cuoco na novela das 8. Eu que não assisto novela sei que eles não dizem "ariba", e sim "are baba". E mamãe disse que Francisco Cuoco nem nesta novela está...
Eu quase entrei em choque no sábado. Estava fazendo as unhas com a TV ligada, estava na TV Xuxa, e Calcinha Preta e Sorriso Maroto estavam participando do quadro Karaokê, ou algo assim. Aí, vocês perguntam: "por que raios a TV estava neste maldito programa?" E eu respondo: liguei, deixei no canal que estava e coloquei meus pezinhos de molho, depois não podia mudar de canal porque o controle remoto morreu há eras. Como se já não estivesse ruim o suficiente, o vocalista do Sorriso Maroto começa a cantar uma música do Calcinha Preta. Eu não conhecia, mas reconheci aquele acompanhamento. Gente, fizeram uma versão cafona da linda Because I'm a Girl!!! Eu tive vontade de gritar "por quê??? Por quê???", de chorar, mas fiquei só em choque e meu cérebro bloqueou a letra em português.
Ontem, era aniversário de um priminho e eu fui com meus pais e minha tia para Terra do Surf, levando bolo e presentes para ele. Fomos em um ônibus, digamos, alternativo. Na vera, não sei se ele é regularizado ou não, tudo o que sei desde criança é que é tosco. Só para terem uma ideia, o ônibus no qual fomos ontem era um ônibus urbano velho, com umas cortinas empoeiradas cinza escuras que algo me diz que já foram brancas. Tinha tantos ácaros, que se o ônibus quebrasse, os seres microscópicos podiam descer para empurrá-lo, enquanto os passageiros seguiam viagem tranquilamente.
Chegamos na Terra do Surf no horário de almoço e diz o manual de boas maneiras que não se faz visita na hora da refeição, então sentamos na praça para comer salgado. Tínhamos levado de Bizarrelândia, porque sabe como é cidade pequena, tudo fecha para almoço, inclusive restaurantes e lanchonetes. Tinha um cachorrinho muito estranho lá. Nós jogávamos comida para ele e ele levava na boca para outro lugar. Se jogávamos onde ele estava comendo, ele pegava o pedaço e levava para um outro lugar.
Depois do pic nic, fomos para a casa da tia Caçula, mãe do meu priminho aniversariante, levar o bolo. Saímos para ir ao cemitério e, na volta, encontramos o Museu Municipal. É quase do tamanho do de Bizarrelândia, mas tem mais coisas para ver. Achei bem interessante, mas o passeio teria sido melhor se o priminho não ficasse andando atrás de mim pedindo para usar a câmera, para tirar foto dele, para ir embora... Por que filhotes humanos são tão chatos? Passamos ainda na casa da tia Palíndroma, mas ela tinha deixado a casa aberta e saído.
Na volta para a casa da tia Caçula, paramos em uma sorveteria e tomamos sorvete (jura?). Fizemos o aniversário do priminho na casa da tia Caçula e fomos para a rodoviária.
Os ácaros me irritaram muito mais na volta para Bizarrelândia. Foram 40 minutos de viagem e eu espirrei durante cada um deles. Comecei a achar que iam me expulsar do ônibus no meio da estrada por isto e eu teria que voltar à pé.
Aliás, não foi só na viagem que eu fiquei constrangida em espirrar. Com esta neura toda em torno da gripe (nova gripe, ou gripe suína, ou H1N1, ou, como eu prefiro chamar, gripe de ficção científica), quando eu espirro na rua, eu fico imaginando que vai surgir um helicóptero e dele descerão por cordas pessoas usando roupas de proteção contra ameaça biológica, isolarão a área, colarão um adesivo de "infectante" em mim e vão me levar embora em um furgão.
Marcadores: animais, aniversário, bizarrice, família, música, neura, ônibus, paranóia, pessoas estranhas, televisão, viagem
Postado por Josei e Kami Sal
às 1:25 PM
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